domingo, 25 de setembro de 2016

Se não jogou, jogue! - Overwatch (PC)

O Ataque começa em 30 segundos!



Fala, galerinha, desocupada! Tudo em paz com vocês?

Chegou domingo, o dia mais chato e monótono da semana. O que fazer senão ir à praia, fazer um churrasco ou assistir à interessantíssima (pra não dizer o contrário) programação da TV? Ora, vem pra cá! Aqui a gente tem post novinho todo domingo, falando sobre Games, Séries, Livros, Filmes, Quadrinhos e o que mais for!

Já faz um tempo que eu queria falar um pouco sobre o game que trouxemos esta semana. Já faz um bom tempo que estou jogando, mas fiquei adiando o post até colocar as ideias no lugar — ou seja, até hoje. Sim, meus caros desocupados, hoje é dia de falarmos sobre Overwatch, novo fenômeno dos jogos de Tiro em Primeira Pessoa, desenvolvido pela Blizzard Entertainment e lançado mundialmente no dia 24 de Maio deste ano, com versões para PC, PS4 e Xbox One.

Em um futuro não muito distante, as máquinas — nesta época conhecidas como ômnicos — rebelaram-se contra seus criadores, dando início ao uma crise que se alastrou por todo o globo. Dos esforços para combater essa onda robótica, surge a Overwatch, uma organização formada pelos melhores soldados e cientistas de todo o planeta. Após anos de luta, a Overwatch finalmente conseguiu dar um fim à Crise Ômnica, mas não muito tempo depois, acabou dando um fim a si mesma. Agora, anos depois, forças sombrias espreitam o mundo, trazendo boatos de uma nova Crise Ômnica. É chegada a hora de unir-se novamente à Overwatch e combater essas ameaças!


É bastante difícil ir contra um fenômeno tão bem sucedido quanto Overwatch. Quero dizer, o game já era um baita sucesso na fase Beta, mesmo inacabado! Como refutar isso? Particularmente, após ter jogado por bastante tempo, esse sucesso é totalmente compreensível, mas Overwatch ainda possui sua boa parcela de erros. E como vocês já nos conhecem muito bem, nós adoramos contrariar as opiniões da maioria, então apertem os cintos, pois é hora de discutir um pouco sobre Overwatch!

Antes de rasgarmos qualquer seda ou soltarmos quaisquer cachorros em cima do nosso objeto de estudo da semana, primeiro precisamos saber à o quê, exatamente, se deve o sucesso de Overwatch — e neste caso, não é bem uma tarefa muito simples. Seria o seu estilo de jogo dinâmico, rápido e divertido, fácil de aprender, difícil de dominar? Ou seriam seus personagens, seus respectivos backgrounds, relacionamentos uns com os outros, habilidades especiais e possíveis ligações com outros que ainda estão por vir? Ou ainda, seria por causa de suas mecânicas, que movem toda a comunidade a cada nova atualização? É impossível escolher apenas um destes motivos, pois o sucesso de Overwatch se deve a junção de todos eles. O grande "porém" é que, assim como o sucesso, suas falhas também derivam daí.

Quais seriam estas falhas? Por que estão mescladas com os sucessos? É sobre o que discutiremos daqui a pouquinho!


Normalmente, eu começaria dedicando alguns parágrafos para os gráficos e outros elementos visuais do game, mas no caso de Overwatch, se estender muto sobre visual — enquanto há várias outros quesitos muito mais importantes à se discutir — seria uma baita perda de tempo. Portanto, sejamos breves por aqui.

Overwatch possui um visual competente, com gráficos sólidos em todas as plataformas e uma direção de arte bastante única e difícil de se esquecer. O level design é bonito e bem elaborado, mesclando-se perfeitamente a proposta do game. Os combates, a principio, podem parecer um tanto confusos e caóticos nas primeiras partidas — com partículas, projeteis e personagens voando de um lado pro outro ao mesmo tempo na tela —, mas dá pra se acostumar, e com o tempo, acaba fazendo parte da diversão.


Ok, com a parte visual fora do caminho, partamos para o que realmente interessa: a jogabilidade!

Para aqueles que ainda não conhecem (que são poucos, creio eu), Overwatch é um multiplayer online de Tiro em Primeira Pessoa, onde os jogadores se reúnem em times de 6 para disputarem entre si em mapas aleatórios, utilizando personagens de 4 classes diferentes: Ataque, Defesa, Tanque e Suporte. Ainda difícil de entender? Bem, pense em uma mistura entre League of Legends com Call of Duty, excluindo a complexidade e as comunidades ácidas.

Traçar essa comparação faz Overwatch parecer tão intimidador quanto essas duas franquias, mas o game, na verdade, é extramente acolhedor e satisfatório. As mecânicas básicas são simples, e todos os personagens são divertidos de se jogar desde o começo, bastante fáceis de se aprender — porém difíceis dominar. Lembro-me até hoje de ter sido um dos destaques da equipe em minha primeiríssima partida online, recém saído do tutorial do jogo. Overwatch oferece muitos momentos como esse, esteja você jogando com um personagem totalmente ofensivo ou ajudando o time na retaguarda com um personagem de suporte. Independente da classe escolhida, a diversão é garantida. As possibilidades de composição de time e suas respectivas estratégias são infindáveis e constantemente em mudança, mantendo a sensação de descoberta por parte da comunidade.


Porém, aí se encontra uma das principais falhas de Overwatch. Mesmo sendo bastante divertido, Overwatch apresenta pouquíssimos modos de jogo além do modo multiplayer principal. Há partidas com regras especiais todas as semanas, mas acaba por aí. Sim, há o argumento de que esta é a proposta do game, mas ver o potencial adicional desta proposta ser totalmente subaproveitado é realmente frustrante.

A Blizzard fez um trabalho excelente com Overwatch, criando todo um universo ao redor do game, explorado através de curtas animados, Histórias em Quadrinhos e até mesmo ações de realidade aumentada — porém nunca dentro game em si. Todo o entusiasmo ao redor de Overwatch se dá muito mais fora dos games que dentro dos mesmos — o que não é de todo errado, mas também não é totalmente certo.

Novos modos poderiam ajudar na variedade de jogabilidade, além de fazer proveito da riquíssima mitologia desenvolvida pela Blizzard de maneira contundente e relevante, dentro game.


Overwatch também conta com um excelente elenco de personagens. Cada um deles é único do seu próprio jeito, fazendo com que mesmo heróis de uma mesma Classe pareçam bastante diferentes de se jogar. A sinergia entre eles também foi muito bem trabalhada, de modo que quase todos os heróis combinem seus estilos de jogo entre si de maneira satisfatória e eficiente. Praticamente toda e qualquer combinação — se bem executada — resulta em jogadas recompensantes e decisivas para a partida.

Os personagens de Overwatch também transbordam de personalidade. Há uma verdadeira gama de interações entre quase todos eles, algumas rendendo boas risadas e outras referenciando a história por trás dos acontecimentos do game. Mais uma vez, seria ótimo explorar esse elenco de maneira mais aprofundada dentro game. Infelizmente, tudo se limita a alguns diálogos engraçados ou carregados de frases de efeito.

Linkando um pouco os personagens com a parte sonora do game, Overwatch possui uma das melhores dublagens brasileiras que este que vos escreve já viu em um game até então. O elenco é repleto de profissionais bastante renomados da nossa dublagem, e muitos deles serão reconhecidos pelos jogadores mais atenciosos logo de cara. Neste quesito, não tem como destacar o personagem Lúcio (dublado pelo ator Daniel Muller), ao qual foi trabalhado um sotaque tipicamente carioca carregado, de gírias e frases bastante informais e engraçadas. O resultado acabou ficando muito mais convincente que o original, tornando o personagem mais divertido e verossímil.

No que diz respeito a Trilha Sonora, porém, Overwatch acaba pecando feio. Há alguns temas ocasionais aqui e acolá — antes de cada partida, nos últimos minutos ou nos menus —, mas estão longe de serem o bastante para compor uma boa trilha. Algumas das faixas até são agradáveis, mas a maioria delas acaba se tornando irritante depois de algumas dezenas de partidas.


 Eu até poria uma musiquinha de Overwatch pra vocês escutarem aqui em cima, mas sabe de uma coisa? Não iria valer a pena. Bem, hora daquela boa e velha nota de cada post.

E aí está ela -> 8.5 / 10

Overwatch é uma das experiências mais divertidas que você poderá ter neste ano de 2016. As partidas são frenéticas, dinâmicas e divertidas, sempre diferente umas das outras. O elenco de heróis é carismático, bem variado e sempre em expansão, todos de fácil aprendizado porém difíceis de se dominar. É aí, porém, que o game se limita. Não há outros modos de jogo além do multiplayer, o que acaba tornando ótimos elementos, como personagens e história, subaproveitados. A trilha sonora existe, mas raramente se faz presente, entrando somente em alguns momentos-chave de cada partida — nada que sequer valha a menção.

"Entonce", se você está procurando um multiplayer online divertido e confortável, tenta dar uma chance a Overwatch. O game é bem bacana, e há uma grande chance de nos esbarrarmos por lá entre uma partida e outra! (o nome é Kaoma999)

E por hoje é só, desocupados e desocupadas.

Um abraço e até mais!

Por Breno Barbosa

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