domingo, 12 de junho de 2016

Se não viu, veja! - X-Men: Apocalipse (2016)


Jean Grey estava certa: o terceiro é sempre o pior.



Salve, galerinha desocupada! Tudo de boa com vocês?

Primeiramente, Feliz Dia dos Namorados para aqueles desocupados que têm uma companhia para se divertir nesta data! Para os que não tem, saibam que sempre haverá uma lugarzinho vago pra vocês bem aqui, toda semana, pra conversarmos sobre Games, Filmes, Séries, Livros, Quadrinhos ou o que mais for!

Esta semana, tirando mais uma vez o atraso cinematográfico, falaremos sobre X-Men: Apocalipse, o novo título na imensa franquia dos mutantes da Marvel. O filme estreou no dia 19 de Maio, e conta com o retorno de Bryan Singer — de X-Men, X-Men 2 e Dias de Um Futuro Esquecido — na direção. X-Men: Apocalipse ainda está em cartaz em alguns cinemas Brasil afora, então ainda dá tempo de conferir por conta própria.

10 anos após o atentado mutante à Casa Branca, a Escola Xavier Para Jovens Super-Dotados finalmente se encontra ativa e cheia de vida. Porém, uma antiga ameaça desperta nas sombras do Egito — um ser com poderes semi-divinos, capaz de moldar o mundo ao seu bel prazer. Agora, cabe a Charles e seus jovens X-Men combaterem este poderoso inimigo e seus cavaleiros da destruição.


Desde de 2011, X-Men: Primeira Classe tornou-se não só meu filme favorito da franquia mutante da Fox, mas também um dos meus filmes de super-heróis favoritos. A construção dos personagens, seus relacionamentos, o minimalismo da produção... todos esse fatores me fazem gostar bastante de Primeira Classe até hoje, 5 anos depois.

Neste período, dois novos filmes foram adicionados a franquia. Em 2014, Dias de Um Futuro Esquecido foi bom, mas veio e se foi — Primeira Classe permaneceu meu favorito.

Agora, em 2016, foi a vez de X-Men: Apocalipse. Será que o novo filme conseguiu me fazer mudar de opinião? Já de imediato, a resposta é não — e ainda: nas palavras da própria Jean Grey, O terceiro filme é sempre o pior. Por que? É o que discutiremos daqui a pouquinho.

Então, qual é o problema com X-Men: Apocalipse? Bem que eu gostaria de dizer que é cronologia, como em Dias de Um Futuro Esquecido, mas se fosse só isso, eu não teria motivos pra dizer que "o terceiro filme é sempre o pior" logo na frase de capa. Talvez o principal problema com X-Men: Apocalipse seja não levar a franquia dos mutantes a lugar nenhum. Ao fim de todos os eventos apresentados pelo filme, vemos pouquíssimos personagens transformados e quase nenhuma expectativa para o futuro.

Particularmente, o meu principal problema com Apocalipse foram seus personagens. A principio, eu me animei bastante com o novo elenco. Esperava ver o nascimento de um novo grupo, com novas personalidade, novos relacionamentos e novas dinâmicas de grupo. Porém, tudo o que recebi foram rostos mais jovens para personagens que já conhecíamos dos filmes anteriores. Os novos personagens são pouquíssimo explorados durante o filme, tanto os mocinhos quanto os vilões. Isso se torna ainda mais agravante quando alguns desses personagens acabam tendo papéis-chave nas resoluções dos conflitos do filme. Talvez o melhor exemplo desse subaproveitamento seja a Jean Grey de Sophie Turner. O roteiro não trabalha a personagem de acordo com a importância que ela acaba tendo ao final do filme, o que, consequentemente, transforma a personagem em uma espécie de Deus Ex Machina — uma solução surgida do nada, sem uma construção propriamente dita.

Outro personagem que sofre de um desenvolvimento precário é o vilão que dá nome ao filme, Apocalipse. Com ele, é bem fácil perceber que os roteiristas não faziam a mínima ideia de que caminho seguir. Experimente perguntar a qualquer desocupado que assistiu ao filme quais são os poderes do vilão, ou quais são suas motivações. Ele é mau pelo simples acaso de ser mau, e seus poderes... bem, pelo que eu entendi, a mutação dele tem a ver com Design. O cara é realmente bom em modelar uniformes maneiros e construir casas estilosas.

"E das cinzas deste mundo UÓ, nós construiremos um novo BEM VRÁ!"


Mesmo com todos os problemas que eu apresentei até agora, X-Men: Apocalipse possui um roteiro razoavelmente coerente. Não há nada — além do que já foi citado, é claro — que faça com que você saia do filme sem entender a história e seu desenrolar no decorrer do longa. Nisso, porém, X-Men: Apocalipse não faz nada além de seu trabalho básico: ser razoavelmente coeso e coerente. Não há cenas ousadas de ação, discursos marcantes ou conflitos que prendam a atenção. Aliás, minto — há, sim, tudo isso, mas não de um jeito que já não tenhamos visto antes na franquia X-Men. Conflitos ideológicos entre o Professor X e Magneto? Temos visto isso desde o primeiro X-Men. Frases épicas? Apocalipse é tão cheia delas que, no final, nenhuma surte o efeito desejado. Grandes sequências de ação? Bem, não há como negar que há uma cena de ação em particular que consegue deixar qualquer um empolgado a primeira vista, mas quem assistiu Dias de Um Futuro Esquecido irá parar um pouco e pensar: "Ei, eu já vi isso antes!".

Mesmo assim, não há como deixar de das os devidos créditos à ação do filme — em especial, a cena comentada agora há pouco. Quem for curioso o bastante para conferir os making ofs do filme verá que foram adotados muitos efeitos práticos para dar vida a cena — mais até do que se imagina, assistindo à mesma nas telonas. Além desta, há também uma sequência que, apesar de curta, é bem divertida e bastante fiel ao personagem pela qual é conduzida. Sei que estou falando muito em enigmas, mas acreditem, desocupados: tudo isso é spoiler, e como vocês bem sabem, nada de spoilers por aqui!

Outro ponto em que X-Men: Apocalipse acerta é na trilha sonora. Faz tempo que não vejo um filme de super-heróis onde pelo menos uma faixa musical me chamasse atenção de algum jeito, e X-Men: Apocalipse já começa com um tema bem bacana logo nos primeiros minutos de filme. O tema clássico, estabelecido nos primeiros filmes da franquia, também marca seu retorno — afinal, o diretor Bryan Singer tem que assinar seus filmes com TODAS as suas marcas registradas —, porém, mais uma vez, é a playlist do Mercúrio que rouba a cena. Como não se deixar levar por Sweet Dreams, do Eurythmics? Escuta aí:


Bem, galerinha, acreditem ou não, isso é tudo. Foi pouquinho, né? Pois é, estou tentado deixar meus textos mais sucintos, e espero que isso seja algo bom. Enfim, chega de justificativas, hora daquela boa e velha nota de sempre:

E aí está ela -> 7.8 / 10

X-Men: Apocalipse é razoavelmente competente em todos os sentidos, mas não traz nada de novo à franquia dos mutantes da Fox. A ação é mediana, com alguns picos interessantes, e ao final, a trama não traz grandes consequências àquele universo ou transformações aos personagens. Estes últimos, a propósito, não possuem o desenvolvimento que poderiam ter, e o resultado final é confuso e pouco agradável. Diferente de muitos dos filmes de super-herói atuais, X-Men: Apocalipse conta com uma trilha sonora agradável, com temas que chamam atenção sempre que entram em cena.

E então, ainda a procura de um filme bacana pra curtir no cinema? Bem, eu não diria que X-Men: Apocalipse é a melhor das opções — dado tudo o que eu falei agora há pouco —, mas o filme com certeza merece pelo menos um pouco da sua atenção. Portanto, se tiver um tempinho livre alguns trocados sobrando, vá conferir X-Men: Apocalipse em quanto é tempo!

Isso é tudo por hoje, galerinha desocupada.

Um abraço na boca e até a próxima!

Por Breno Barbosa

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