domingo, 13 de março de 2016

Se não viu, Talvez veja... - The Flash (1ª Temporada)

O Homem mais "Mais ou Menos" do Mundo.




Saudações, meus queridos desocupados e desocupadas! Tudo "de boas" com vocês?

E aí, como vai o Domingo de vocês? Chato? Monótono? Revoltante? Solitário? Triste? Pois abotoem as suas calças, calcem suas meias, suguem o catarro pra dentro e regozijem (palavra bonita para "alegrem-se"), pois acaba de chegar um post novinho em folha no Desocupado! Poderemos conversar um pouco sobre Cinema, Games, Livros, Quadrinhos, Séries ou qualquer outro assunto que der na telha! E então, todos preparados? Então vamos lá!

Esta semana, bem que eu gostaria de ter vindo com uma indicação super-bacana debaixo do braço pra vocês, mas infelizmente, o que tenho é meio que o contrário disso. Quem prestou atenção no título e na capa do post já deve ter percebido que o assunto desta semana é The Flash, seriado exibido pela rede de TV norte-americana The CW, adaptado a partir da série clássica de quadrinhos homônimos do velocista escarlate. The Flash estreou em Outubro de 2014, e continua até os dias atuais, em sua 2ª Temporada. Porém hoje falaremos exclusivamente da Primeira, já que é a única completa até então — e a única disponível no Netflix. Julguem-me!

Barry Allen aparenta ser mais um simples Perito Forense da Polícia de Central City — e realmente é, salvos alguns detalhes de seu passado —, até que, em um fatídico dia, um experimento científico de escala regional acaba dando errado, e afetando diversas pessoas da cidade. Dentre elas, nosso garoto Barry Allen. Após ser atingido por um raio durante o suposto evento, Barry entra em um coma de 9 meses, e, ao acordar, percebe que agora possui a capacidade de se mover em velocidades além do comum. Com a ajuda dos talentosos cientistas do S.T.A.R. Labs, Barry resolve usar seu novo dom para ajudar as pessoas, vestindo um manto escarlate e se tornando o Flash.


Ai ai... O que o tédio e a falta do que assistir não nos faz fazer, não é, caros desocupados... Foi mais ou menos assim que acabei conhecendo The Flash. "A 2ª Temporada de Demolidor ainda vai demorar um pouquinho pra chegar, né... Ih, olha só, tem The Flash aqui. Acho que vou dar uma olhada, ver se realmente presta", foi o que me passou pela cabeça ao clicar no ícone da série no Netflix. Alguns dias e vinte poucos episódios depois... bem, não posso dizer que estou totalmente arrependido — afinal, este é um "Se não viu, TALVEZ veja", então ter que ter ao menos algumas coisinhas boas —; mas posso, sim, dizer que, no geral, The Flash foi uma baita de uma decepção. 

Não que eu estivesse com as expectativas lá em cima — aprendi a deixa-las bem baixas desde novinho —, mas mesmo sem esperar muito, The Flash conseguiu me entregar poucas coisas boas. O que me faz proferir tantas cosias ruins sobre a série? É o que eu vou tentar dizer à vocês logo após esta bela imagem!


Pelo menos para este que aqui vos fala, The Flash tem uma série de problemas que denigrem sua integridade, mas talvez o maior deles seja o fato de querer se mostrar como um seriado grandioso sem realmente o ser. Não entendeu o que eu quis dizer? Calma que eu vou tentar explicar. Sabe aquelas propagandas de redes de Fast Food, que mostram hambúrgueres gigantescos, batatas fritas douradas e crocantes e milkshakes consistentes e cheios de mistura; mas que, quando você chega no estabelecimento e compra os produtos de verdade, percebe que o hambúrguer é pequeno e mal feito, a batata frita é murcha e sem vida e o milkshake nada mais é que leite com alguns farelos de ovomaltine dentro? Pois é, essa é mais ou menos a situação de The Flash: a série se vende como algo grandioso, épico e bem feito — e muita gente acaba comprando esse barulho —, quando na verdade, as coisas não são bem assim.

Começando pelo núcleo visual, bem que eu queria que os erros de continuidade, os takes sem sentido e cortes abruptos — que entregam claramente que a primeira e a segunda parte da cena foram gravadas com semanas de distância entre si — fossem os maiores defeitos gráficos de The Flash. Pra uma série que se propõe a mostrar as aventuras de um herói com super-velocidade, The Flash não tem muita bala na agulha (leia-se "grana") pra fazer essa ideia ganhar corpo e consistência. Grande parte dos efeitos especiais são dignos de Os Mutantes: Caminhos do Coração. Quem não sacou a referência, basta clicar AQUI e conferir com os próprios olhos.

Praticamente toda a verba de efeitos especiais vai para o protagonista, Flash — que até conta com algumas cenas bem legais, que não devem nada aos quadrinhos originais —, mas nem mesmo ele escapa desses problemas. Não foram poucas as vezes em que consegui ver aparecendo do nada em uma cena, ou sendo o único ser sem iluminação e sombra projetada no ambiente. E não é como se eu estivesse caçando erros como este ou algo do tipo. Infelizmente, eles acabam saltando aos olhos por conta própria.

Acredite ou não, esse episódio ganhou prêmios de Efeitos Especiais.


Em contrapartida ao que acabamos de falar, eu poderia dizer que a história de The Flash é muito boa — e eu não estaria mentindo. Pelo menos não totalmente, pois até ela sofre das pernas aqui em The Flash. Logo nos primeiros capítulos, a série estabelece um conflito central, que serve de combustível para continuar levando a trama adiante. Porém, são poucos os episódios que focam inteiramente nesse conflito central. A maior parte deles se preocupa mais em mostrar novos vilões ou criar crossovers e referências a outras séries da DC/Warner que em levar a trama principal para frente. Muitas vezes, os últimos 10 ou 5 minutos da maioria dos episódios é muito mais importante que os outros 35 ou 40 minutos, pois são nesses últimos momentos em que as coisas acontecem de verdade. Esse mau costume atinge seu ápice no último episódio da temporada, com um gancho que, em vez de deixar os espectadores curiosos e ansioso pela próxima temporada, acaba deixando-os revoltados e sem uma conclusão digna.

Por outro lado, eu tenho que dar o braço a torcer: os personagens de The Flash e suas respectivas relações e interpretações são realmente cativantes. Mas só os protagonistas, pois os vilões são vergonhosos. Mas enfim, voltando à eles, há uma química bastante natural entre os atores, fazendo com que as amizades e laços familiares entre eles sejam bem convincentes na tela. Dentre elas, meu destaque vai para Barry Allen (Grant Gustin) e seu pai adotivo, Joe West (Jesse L. Martin). Os diálogos e interações entre eles são bem naturais, divertidos e emocionantes de se assistir. O vilão principal da série — que não é bem um spoiler se você assistiu o Episódio Piloto, mas que ainda assim, ficará sem ser citado neste post — também é construído de uma maneira bem interessante, e possui uma relação complicada com os protagonistas, tornando seu caráter bastante ambíguo e difícil de se definir.

Hum... o que mais tenho pra falar sobre The Flash? Acho que só ficou faltando a trilha sonora, não é? Pois bem, a trilha sonora de The Flash é clichê — muitas musicas sobre velocidade e romance — e repetitiva — o tema principal toca mais do que você pode imaginar. E é isso.

"And I ran... I ran so far awaay..."


Bem, galera, pode parecer estranho, principalmente para os meus padrões, mas sim, isso é tudo que eu tinha pra falar por hoje. Foi um pouco mais curto que o de costume, mas eu realmente já externei tudo o que penso sobre a série. Hora daquela boa velha nota de sempre!

E aí vai ela -> 6.5 / 10

Eu não cheguei a ver muitas séries de super-heróis, mas das que vi, definitivamente, The Flash não é a melhor delas. Os efeitos especiais e a fotografia são fracos, confusos e nada convincentes. A história, apesar de interessante, acaba não progredindo como deveria, sendo sacrificada por mais alguns minutinhos de super-velocidade. Os relacionamentos entre os personagens principais, porém, são críveis e cativantes de se acompanhar, rendendo momentos emocionantes até mesmo nos episódios fillers (os famosos "enchedores de linguiça").

Então, galerinha desocupada, se vocês estão procurando uma boa série de super-herói para assistir, The Flash não seria bem a minha recomendação. Mas se você já viu todas e só lhe falta esta, The Flash não é inteiramente ruim, então até vale dar uma chance. Mas se não é esse seu caso, Demolidor e Jessica Jones são opções bem mais proveitosas!

E por hoje é só, meus queridos e queridas.

Um abração, e até mais!

Por Breno Barbosa

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