domingo, 23 de novembro de 2014

Se não jogou, jogue! - F-Zero (SNES)

Porque não é só a SEGA que tem um cemitério.



F-Zero é uma das franquias da Nintendo que hoje só serve para Smash Bros. e agora, Mario Kart. Acreditem, então, que houve um tempo que essa franquia era conhecida e amada, naquele distante século XX, onde varias franquias nasceram e morreram.

F-Zero é um jogo de corrida futurístico que saiu no lançamento do SNES. O jogo usa e abusa do recurso de mode 7 do console, efeito esse que busca simular o 3D sem usar polígonos. Alie a isso uma ótima sensação de velocidade e você terá um jogo aclamado pela critica especializada.


Como é de se esperar em jogos futurísticos, os carros voam. No futuro tudo voa. Eu voo, você voa, gatos voam e peixes voam. O fato dos veículos voarem garante a eles uma coisa em comum, que é a jogabilidade.

Todos os veículos controlam de forma igual, não tem aquele que derrapa mais ou o que é melhor de fazer curvas. Contudo, os carros não são necessariamente iguais, pois eles variam em dois quesitos, que são aceleração e velocidade máxima. Basicamente, quem acelera mais tem uma velocidade final menor e vice-versa.


Acho que por essa pouca diferença, F-Zero engloba dois tipos de jogadores. Os como eu, que preferem aceleração pois tendem a bater mais, ou os que preferem velocidade final maior. Felizmente, os controles do jogo são precisos o suficiente para que as curvas não tirem tanta velocidade, podendo ser levada ao limite com o uso de turbos, que a cada volta são fornecidos.

As corridas são em formato de circuito com 5 voltas cada, e nelas temos pistas bem variadas. Algumas com muitas retas outras, tão tortuosas quanto o caminho da maldade. Para vencer, ou melhor, passar de fase, é necessário que o jogador chegue em um ranking determinado pelo jogo, que vai ficando mais exigente a cada volta. Acho isso muito bom no sentido de que jogadores de primeira viagem podem conhecer a pista, batendo e sendo ultrapassados, e ainda assim prosseguir ao dominar as mecânicas.


A velocidade é um ponto forte de F-Zero, pois o jogo não tem um slowdown sequer, se comparado a outros jogos do SNES. Claro, que o custo disso é ter telas bem simples, com pouca coisa. Normalmente 3 a 4 carros na mesma tela e cenários e pistas sem muitos detalhes, tudo bem, limpo demais. O plano de fundo normalmente tem alguma paisagem, mas ao redor da pista temos uma tela estática colorida que fica piscando, tipo uma TV velha. Não caiu no meu gosto.

A trilha sonora, por outro lado, é perfeita, sem tirar nem por (delícia). De cara, somos apresentados com músicas como Mute City, e a superior Big Blue. O clima de corrida futurística do amanhã é incrivelmente melhorado com a música, que deixa qualquer jogador mega-empolgado e acelera não só o game, como meu coração.


A dificuldade do jogo fica bem alta mais pra frente. Curvas perigosas na estrada não valem nada [Breno -> E não merecem as flores que demos e os sonhos que sonhamos], e somadas aos inimigos, que sempre são invulneráveis, fica bem complicado vencer. Odeio essa sacanagem. Meu carro bate só umas 15 vezes e explode, o deles, nem tchum!

O maior defeito de F-Zero é não ter um multiplayer, e quem quer jogar com amiguinho vai ter que arranjar outro local pra se coçar, porque em F-Zero não achará. Apesar disso, o jogo é ótimo e não é clássico por ser antigo, e sim por ser bom mesmo.


Por Angelo Alexsander, que deixou seu coração partido e deve ter se divertido.

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