domingo, 15 de junho de 2014

Se não viu,veja! - Code Geass: Lelouch da Rebelião

Galera que compara com Death Note está errada. Code Geass é melhor.




No dia 10 de agosto de 2010, o Império Santo de Britannia iniciou uma jornada de conquista visando o Japão. A operação durou 1 mês e foi um sucesso, graças a produção de Knightmare Frames, máquinas humanoides gigantes controladas por soldados que decidiram a guerra completamente a favor de Britannia. O Japão foi aniquilado, desprovido de seu território, cultura e identidade, ficou conhecido por Area 11, e os japoneses foram renomeados como Elevens ("onzes"). Elevens são tratados como os mais baixos na hierarquia social enquanto os Britannians vivem muito bem, obrigado. Ainda assim, há alguns focos de resistência a invasão estrangeira.

Lelouch, um príncipe exilado, encontra-se no centro desses eventos e jura a si mesmo destruir Britannia e seu Imperador, Charles. Graças ao seu destinado encontro com uma garota chamada C.C. [Breno -> Ela deve feder pra caramba...], ele ganha o poder dos reis, o Geass, que lhe dá o direito de comandar qualquer pessoa, sendo que essa não pode negar-se a realizar tal ordem. E assim inicia-se a batalha entre Lelouch e o mundo que ele deseja destruir.


Se tem uma coisa que eu acho chato quando não conheço algum anime ou mangá, é alguém dizendo para mim o porquê de ele ser bom, só que contando toda a história no caminho, acabando com a surpresa. Felizmente, com Code Geass isso não aconteceu comigo, até porquê, no meu ciclo de amigos, eu nunca ouvi falar dele (amém), o que me permitiu desfrutar melhor da experiência da animação, que conta com um total de 50 episódios divididos em 2 temporadas, ou seja, de duração mediana.

Depois de ter assistido completamente as duas temporadas, deu pra entender que essa duração ficou praticamente perfeita. Tempo suficiente para ter explicações com calma, assim como desenvolvimento de alguns personagens secundários, e mostrar como as ações deles afetam Lelouch e seus ideais. A divisão em duas temporadas se faz de uma forma incrível, com a primeira temporada terminando em um gancho extremamente apreensivo pro inicio da temporada seguinte. Fico feliz de já ter pego o anime completo. Eu não aguentaria esperar tanto. Por outro lado, 50 episódios não deixam o anime ficar arrastado, o que é um mal para qualquer animação longa, principalmente aquelas baseadas em mangás, ou seja, que dependem de uma outra mídia para continuar sua história.


O anime tenta ser de tudo um pouco. Tem um leve traço de comédia, um tiquinho de romance, uma trama mais estratégica e robôs gigantes. Felizmente, Code Geass é competente em todas essas frentes, o que de fato e bom, principalmente para a construção dos personagens. Começando obviamente por Lelouch Lamperouge , que é basicamente o protagonista quase que onisciente, uma vez que é capaz de prever 90% das coisas que acontecem, de acordo com as informações que obtém. Lelouch é a fonte de toda a comparação com Death Note, já que lembra muito o Raito/Light Yagami, que também almeja uma mudança no mundo, sendo que cada um tem uma inteligência fora do normal e uma arma perfeita para seus objetivos, seja o Geass ou a caderneta preta da morte emo.

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Momento fora de contexto.

Eu não acho Death Note um anime ruim, longe disso, pra ter conseguido obter tanto sucesso, ele tem suas qualidades, mas panos quente à parte, a segunda metade dele é infinitamente mais fraca que o começo, e o mal uso dos shinigamis, na verdade eles não fazem quase nada, apesar de serem os culpados de tudo, me decepciona. Ah é, e quem sai por aí dizendo que o Light estava certo só digo uma coisa: vão dormir.


The end.

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Quanto aos personagens, tão importante quantos Lelouch são C.C., a moça gentil que abençoou e amaldiçoou Lelouch com o Geass; e Kururugi Suzaku, amigo de infância de Lelouch. Ela sempre ao lado do protagonista enquanto ele... nem tanto. C.C. é a típica personagem misteriosa de anime que aparece chorando na abertura, com seus objetivos sempre sendo um enigma para o protagonista e sendo de extrema importância para a história. Suzaku é tudo que Lelouch não é, atlético e com um ideal totalmente diferente, o que causa todas as brigas entre eles. Os outros personagens não vou me dar ao trabalho de citar, até porquê envolve muito spoiler. Então é melhor que vocês confiem em mim quando eu digo que praticamente todos os secundários tem pelo menos uma leve construção, mudanças e ideais. Holofotes especiais para Kouzuki Karen, a garota que mais anda com a bunda empinada e mais aparece nua.


As batalhas de Code Geass são bem orquestradas, focadas nas estratégias e nos principais pilotos de cada exército. Os mechas são os mais variados possíveis, tendo até uma beyblade galáctica capaz de repelir lasers. Se isso não é criatividade, eu não sei o que é. Contudo, as batalhas não são o foco principal, mesmo que sejam determinantes. Como já devo ter deixado claro, a parte principal são as reações de Lelouch quanto aos obstáculos que aparecem à sua frente, e como ele toma sempre a decisão vantajosa em relação a situação.

O Geass de Lelouch o permite dar uma ordem à uma pessoa, e ela realiza esta ordem, independente de qual seja, contudo, ele não é um poder tão overpower como poderia ser. Algumas regras bem criadas regulam o poder e deixam seu uso mais estratégico. Primeiro, uma pessoa só pode ser vítima do Geass uma vez; e Segundo, deve haver contato visual direto entre Lelouch e a vitima, logo, bem fácil de contornar, caso já se esteja precavido.


Mas Lelouch não é tão escravo do Geass quanto aparenta, uma vez que ele é capaz de prever as ações de pessoas que ele tenha alguma informação, logo, pode deixar para usar seu Geass em momentos de extrema necessidade. Que protagonista lesgal...

Enfim, eu gostei do Lelouch pra caramba, ele tem mais carisma que aquele outro carinha lá, não resolve tudo só e sabe manipular inimigos e aliados. Possivelmente alcançaria seu objetivo sem o seu poder, ao contrário do outro carinha lá. Os ganchos que alguns episódios deixam são incríveis, alguns previsíveis, mas como eu nunca prevejo nada, sempre me surpreendo. O anime me convenceu por ter personagens que gostei e personagens que odiei sem tirar nem por. Nenhuma reclamação quanto a parte técnica, exceto que nem as openings nem as endings mexeram muito comigo, mas nada que tire o brilho dessa animação.


Se alguém tiver alguma animação pra recomendar, pode dizer, eu não mordo...muito uhuhuhuhu.

Por Angelo vi Britannia, que lhe ordena: nem venha tentar me convencer que Morte Nota é melhor.

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