domingo, 1 de dezembro de 2013

Nos Embates de Sábado à Noite - Combate Atrás do Armário!

Uma batalha épica de Mario VS Mario!




Hoje não é um "Se não jogou, jogue!". Não há motivos para sê-lo quando quero trazer uma polêmica entre dois jogos GIGANTES na história da indústria dos games como um todo. De um lado, temos o provável melhor jogo do Nintendinho 8-bits, Super Mario Bros. 3, que até hoje é tido como uma das melhores experiências do mundo dos games, a sequência perfeita para a franquia; Do outro lado, temos Super Mario World, mostrando que títulos de lançamento são capazes de ficar no Top 10 dos fãs e, além disto, conseguiu ditar regra para praticamente todos os jogos no estilo plataforma do 16-bit. A questão que fica é: qual dos dois pode ser considerado o suprassumo dos Mario 2D?

Conheçam seus competidores:


Para fazer essa comparação, de forma alguma vou usar gráficos e áudio como parâmetros, uma vez que seria estupidez fazê-lo.

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Um jogo, por mais belo ou por melhor que soe em nossos lindos ouvidos, só obtém algum sucesso quando seu gameplay ("jogojogar", no bom português) é satisfatório. Felizmente, para a franquia Mario, sempre contamos com elementos interessantes que acabam por ser seguidos em alguns jogos seguintes.

Ambos têm em comum traços da mecânica do primeiríssimo Super Mario Bros.. Por exemplo, a tela ir se alterando de acordo com o sua progressão lateral e os pulos em que você precisa dar uma corridinha para pegar impulso e saltar mais alto. Bem, em Super Mario Bros. 3 esse sistema está mais fiel ao original, com um pequeno adendo: Mario parece ter ensaboado ainda mais seus pés, e desliza um pouco além do que deveria quando está desacelerando. Já em Super Mario World, nosso protagonista já domina suas aterrissagens/corridas melhor. Acho essa melhoria na jogabilidade crucial num plataforma, então:


- Claro, que o que você vai lembrar mesmo é dos poderes especiais que o encanador traz. Super Mario Bros. 3 trouxe, além do cogumelo, da flor-de-fogo e da estrela, ainda mais power-ups interessantes. Primeiro, somos apresentados à roupa de Guaxinim, que por motivos óbvios, nos faz voar, trazendo algo além do estilo plataforma horizontal para a franquia e quebrando a barreira do céu. Não satisfeita, a Nintendo criou a Frog Suit ("Terno do Sapo", segundo o Google Tradutor), que melhorou infinitamente a movimentação em ambientes aquáticos. Fomos além e ganhamos a Tanooki Suit (Roupa do Guaxinim japonês), que, além de voar, dá o poder de destruir o indestrutível. E por último, porém muito mais importante (pra mim), temos a Hammer Bros. Suit (Terno dos concorrentes de encanadores), que permite jogar martelos nos inimigos (Hamerrin' Harry? Eu tenho um desejo secreto por martelos? Fica o questionamento.) e te deixa imune à bolas de fogo quando se está abaixado. Pra mim, a Hammer Bros. é de longe a mais legal, porque eu posso usar os dons da carpintaria para o mal. Ah, e a roupinha é estilosa.

Enquanto isso, em SMW, temos apenas um power-up novo: A Peninha, como conheço, que funciona como o Guaxinim, só que com mais velocidade e eficiência em termos de distancia alcançada. Bem... é só.


Super Mario Bros.3 não tem Yoshi. Super Mario World tem Yoshi.


- Outra coisa muito legal da franquia são os segredos que temos durante o jogo. Lembram-se das Warp Zones de Super Mario Bros., canos em que, ao entrar, pulávamos varias fases? Em Super Mario Bros. 3 ainda temos isso, mas de uma forma bem escancarado. Basta achar uma das flautinhas, que são bem escondidas, usá-las, e, dependo de qual mundo esteja, você pode pular até 5 mundos de uma vez só.

Em Super Mario World, isso está mais implícito junto ao progresso do jogo, devido à um grande número de fases ter mais de um final, onde o secreto (1) normalmente leva a algo... secreto (2). Interessante é que dentro do secreto (3), tem algo secreto (1Up), que ao ser concluído, faz com que o mundo fique totalmente diferente aos seus olhos. Em termos de segredos, Super Mario World ganha, uma vez que ainda premia o jogador dando algo sobre o qual se gabar.


- Ainda falando do mapa, em Super Mario Bros. 3 ( eu devia ter abreviado), pela primeira fez na franquia, tivemos um mapa navegável. Assim, podemos escolher a ordem das fases quando possível. Além disso, temos a adição de minigames, como jogos da memoria e quebra-cabeças, que dão vidas extras; e casinhas do Toad, onde podemos adquirir power-ups. Como se já não fosse suficiente, temos inimigos no mapa para derrotar, que sempre dão algum poder especial útil.

Super Mario World trouxe algo interessante. Ele tinha apenas um mapa, que vez ou outra mudava por entrar em cavernas ou florestas, porém era um mapa mundi gigantesco da Terra dos Dinossauros, que nos permitia rejogar fases as quais já tínhamos concluído. Infelizmente, ele ficou apenas nisso, não aderiu aos minigames ou algo do tipo, e há apenas uma zona escondida que te dá power-ups, que é totalmente gratuita, sem nenhum desafio.


- Com os inúmeros prêmios recebidos em Super Mario Bros. 3, ocorreria o desperdício de grande parte dos itens, contudo, numa jogada de gênio, temos uma barra onde podemos guardar cerca de 30 destes. O leque de possibilidades para terminar as fases é maior e proporciona variação. Em Super Mario World, isso foi abolido, em troca temos um sistema de “armazenamento de power-ups”, onde o anterior fica guardado enquanto nosso amigo encanador usa os poderes do mais recente. Apesar do armazenamento gigante de Super Mario Bros. 3, o sistema de World é mais dinâmico, pois não necessita sair da fase para ser utilizado, tornando não só o jogo um pouco mais fácil, mas sendo um pouco mais amigo do jogador.


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- Aqui não há muita discussão, ao menos pra mim, que joguei muito mais o Super Mario World que Bros. 3. No primeiro, temos uma melhora no level design devido a potencia do console em si, contudo, poucas fases realmente são desafiadoras, maior parte apenas no lugar secreto (1up).

Já em Super Mario Bros. 3, o qual eu já devia ter abreviado, sempre tive uma maior dificuldade, normalmente pelos pulos errados graças a mecânica do sabão no pé. Os estágios onde estamos enfrentando o exército de Bowser, que são os três tipos de Forças Armadas: Aeronáutica, Exercito e Marinha. Só faltou o Alexandre Frota e um golpe de estado. De qualquer forma, esses estágios são muito bons e inéditos na franquia. Se não fosse a tela avançando sozinha, forçadamente, essas fases seriam ainda mais gostosas. As ultimas fases também dão um caldo, pena que são meio curtas.


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- Que tudo tem falhas é fato, e nada pode provar o contrário, e aqui não vai ser diferente. Do que eu posso reclamar em Super Mario Bros. 3?  É claro que vou reclamar do pé ensaboado do Mario. Que coisa chata, não se pode dar um pulo sem temer cair num buraco da perdição! Mas de resto, o jogo vai bem de boa. Só as cores que me doeram nos olhos, mas talvez seja só eu.

Já o nosso amigo 16-bit, ele sofre com a única coisa que afeta negativamente jogos de Super Nintendo: os slowdowns. Aqui no blog já deixei bem claro como eu odeio isso, então:

Entendedores Entenderão

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- Cada um destes dois foi um grande game em seus respectivos consoles. Super Mario Bros. 3 foi um dos games do topo do NES, se não o Top 1. Conquistou tudo que deveria, com um game longo o suficiente, experiência totalmente nova , vários segredos e gráficos e sons excelentes para o seu console. Contudo, ele já saiu mais pro fim da vida do console (em sua versão Ocidental), e o mercado já se preparava para a próxima geração.

Super Mario World foi o oposto disso, lançado diretamente junto ao console, sendo um dos melhores, senão o melhor, título de lançamento do Super Nintendo. Tão importante que é comum vê-lo nos top 10 do console, algo totalmente merecido. Superior praticamente a todos os jogos de plataforma e dominou praticamente todos os que o seguiram, salvo Yoshi’s Island e, discutivelmente, Donkey Kong Country.

Decisão difícil essa, mas por critério de desempate, que é totalmente a minha vontade, vou dar essa vitória para World, já que conseguiu superar os que tentaram superá-lo antes mesmo de existirem.


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Não foi nada fácil escolher o campeão, que acabou sendo escolhido por meu gosto próprio. Espero que meus leitores entendam o que eu quis mostrar com isso.

Os dois jogos são tão bons que a briga seria eterna, e somente a afinidade do jogador para tal jogo pode decidir qual o melhor.

Enfim, parabéns ao vencedor:



E este foi o primeiro "Nos Embates de Sábado à Noite". Quando sai o próximo? Talvez até 2030.

Até a próxima, amigos.

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