domingo, 20 de outubro de 2013

Se não jogou, jogue! - Aladdin (Game Gear)

Hoje no maior estilo rapidinha!




Gênero: Plataforma                                     Produtora: SIMS                                                 Ano: 1994

Eu ousei apertar Start...

Olha só, um post nostálgico! Não em relação ao jogo, mas ao Desocupado. Foi minha primeira postagem aqui, e foi bem ruim, diga-se de passagem. Estava querendo até me redimir de ter trazido um jogo bom de uma forma não tão boa, aí eu escolhi voltar às raízes e vim de Aladdin novamente, só que com a versão para Game Gear, porque queria algo diferente. Pois é, consegui o diferente, só não foi bem da forma que eu desejava...

O Game Gear era um videogame portátil da SEGA, para concorrer justamente com o Gameboy daquela tal de Nintendo. Apesar de ter sido um quase-sucesso, não conseguiu peitar o portátil nintendista [Breno -> É Nintendo ou Nada, meus amigos!]. Suas falha principal era o custo benefício do fornecimento de energia à ele. Ora, com o poder de um Master System, um console de mesa, era necessário um grande fornecimento de energia, nisso, eram necessárias 6 pilhas AA, que duravam cerca de 2h de jogo. Puts...

Como o estilo hoje é rapidex, vou logo com a tora flamejante. Os gráficos e animações são bonitáços, no melhor estilo 8-bit do Master System, só que no Game Gear. Lindos, lindos, lindos. Animação fluidaça, coisa que falhava até em alguns jogos de 16-bit. Não há do que reclamar, principalmente da ótima representação do filme no jogo, inclusive no fato de realmente parecer uma animação, principalmente pelas cutscenes, que por sinal estão em peso neste jogo. Cada fim de fase tem uma que dura uns 15~20 segundos..

"No corre-corre da cidade arábica, tantos barris passam... estou só"

Você gostava da trilha sonora Valdisney de qualidade? Pois tu tens o que tu quiserdes. As músicas do filme foram bem adaptadas para a versão mais pobre do ladrão arábico da Disney. E estão tão bonitinhas e fofinhas que eu resolvi até escutar as versões originais em PT-BR. Claro, que nas outras versões do jogo tivemos essas trilhas também, que eram até melhores, mas seria injusto comparar. Um Mundo Ideal continua com uma melodia linda:


O gameplay se dá de três formas. Na primeira temos um estilo Ney Matogrosso de correria. Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. Basicamente fugimos de algum perseguidor que deseja ter um "mundo ideal" com Aladdin. Obviamente, Donkey Kong está do lado de nossos inimigos, arremessando barris no pobre ladrão. Esses segmentos são bem mais rápidos, e é onde notamos um efeito parallax muito bom. Infelizmente, como a maior parte do jogo, é extremamente fácil. Seria tão bom termos outras ações além de correr numa rua só. Taca uma corda pra dar uns pulos como em Pitfall, o melhor plataforma puro de todos. O segundo tipo de segmento é o plataforma mais cadenciado, o modo clássico, onde basta pular, correr ou deslizar de um local para o outro, com alguns puzzles aqui e acolá. É o clássico plataforma misturado com alguns puzzles mínimos, extremamente fáceis e mais longos do que deveriam ser. Provavelmente são as partes mais chatas do jogo, sem nada que valha a pena comentar. A terceira forma é basicamente um vôo no tapete, fugindo da lava e pegando as vadias mulheres de índole duvidosa.

Muitos elogios, poucas críticas... até agora. Aladdin do Game Gear é um jogo babaca. Ele é aquele seu amigo que tem um pacote de Doritos, divide um pouco com você, depois come tudo e nem te dá um refrigerante pra tirar o sal da boca. Esse jogo fez isso comigo. Ele começa bem, fiel ao filme e com uma jogabilidade boa. Já estava até me perguntando o porquê desta versão ser a esquecida. Fui descobrindo as habilidades do protagonista e revendo tudo que tinha visto lá na infância. Saindo da cidade, fui para as cavernas, onde o gameplay muda da correria pro plataforma. As cores estão tão fiéis como a versão do SNES, a jogabilidade, porém,  cai muito. Não temos nada de interessante a não ser algumas habilidades pouco utilizadas no decorrer do jogo, como deslizar, andar agachado e se pendurar, como um Principe da Pérsia, por aí.

Egito era a URSS da Era Antiga: Cavalos no céu e tornados brotando do chão.

O jogo tenta fazer alguns quebra-cabeças mas falha horrivelmente. Não adianta colocar uma porta trancada se o dispositivo que abre ela está do seu lado... Sabe o que é isso no dia-a-dia humano? Uma droga de uma maçaneta ou a droga de uma chave... mas não aqui. Tudo se resolve na base de uma pedrada numa cabeça dourada. Após as Cavernas das Maravilhas [Breno -> lar do grupo de bestas lendárias que se autodenominam O Bonde. Entendedores entenderão] (que são a maior propaganda enganosa desde o PoliStation) temos o momento que reúne todos as versões do jogo: a perseguição da lava sobre o tapete voador. Esse segmento tira a lerdeza do anterior e traz de volta um pouquinho de emoção, com suas mortes de uma pancada só.

De todas as falhas existentes para um videogame antigo, essa tem uma das piores: Dificuldade baixíssima. Não será nenhuma surpresa você finalizar esse jogo em 30~40 min ou menos (e vendo as cutscenes). A partir do momento que você pega o jeito de cada segmento, pronto, acabou. Congratulations. Parabiens. Tchau e benção.

O jogo é até divertido na primeira jogada, e dá até um gostinho legal, mas ao se deparar com design de plataforma paupérrimos, que sequer tem alguma fase relacionada ao Gênio... Justamente a fase em que eles poderiam aloprar a coisa toda, com um level design estrogonoficamente bom ou ao menos mais interessante; eles resolveram que não, acharam melhor colocar uma fase dentro do palácio, que é tão sem sal quanto a Caverna. Pior: sabe aquele negocio que eu já mencionei de jogar pedra numa cabeça? Pois é, dentro do maldito palácio houve um deslizamento, e lá a cada local que se passa tem uma pedrinha resolvedora de problemas.

Aladdin do Game Gear não é um jogo horrendo ou ruim. É um regular, tendendo para bom, porém o excesso de facilidade é tamanha que me faz até inventar palavras rejogar ele parece algo estúpido de se fazer. A não ser que você esteja sem opções. Tirando isso (e seu level design mediano), temos um jogo que poderia ter sido algo a mais, tivesse bebido das fontes Persas de um certo Príncipe. Mas foi escolhida uma forma genérica. Se sobressai por seu som, jogabilidade boa e gráficos bonitos, contudo deixa muito a desejar.


Notem que preferi usar uma imagem da versão do SNES.

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