domingo, 28 de julho de 2013

Se não viu, veja! - Wolverine: Imortal (2013)

Mais uma da série "Ache a 'supresinha' no banner acima".




Yo, minna-san, o-genki desu ka? Quê? Cê num entendeu nada? Foi mal, ainda tô com o filme na cabeça. Comecemos de novo.

E aí, galerinha, tudo beleza com vocês? Agora deu certo? Ok, então vamos lá.

Como já de meu costume repetir essa introdução a cada novo post, o fim de semana é a hora mais feliz aqui no Desocupado. Não, não porque não tem aula ou trabalho, mas porque é hora de acessar o blog e dar uma olhada em mais uma recomendação bacanuda no que diz respeito a cinema, games, quadrinhos, livros, séries, comida, lazer, entretenimento, cama, mesa, banho, porcelanato, eletroeletrônicos e o que mais a gente achar válido. E essa semana, adivinhem, não será diferente!

E a indicação supimpa desta semana é a estreia mais icônica da vez. Sim, meus caros, como vocês já devem ter visto aí em cima, estou falando de nada menos que Wolverine: Imortal (The Wolverine, no original), o mais novo filme do carcaju mutante, dirigido por James Mangold e estrelando, é claro, Hugh Jackman como James "Logan" Howlett.

Logo após os eventos traumáticos de X-Men: O Confronto Final (tanto para os X-Men quanto para nós, os espectadores), Logan está a perambular mundo afora, sem um sentido, sem um objetivo concreto para sua vida imortal. Até que a misteriosa Yukio o convida à uma viagem para Tóquio, no Japão, com o intuito — segundo ela — de rever Yashida, um velho amigo de Logan cujo a morte já é iminente. Dono de uma grande empresa com foco no desenvolvimento de novas tecnologias, o velho Yashida faz uma proposta bastante indecorosa à seu "amigo" Logan: acabar de vez com sua imortalidade, transformando-o em um ser humano comum.


Mantendo esta tradição já milenar aqui no blog (por mais que ele só tenha um ano de existência), comecemos pelos efeitos visuais da bagaça. Impressionantemente, diferente de muitos filmes do gênero (super-herói), Wolverine: Imortal não usa e abusa de efeitos especiais, computação gráfica e coisas desse naipe. Claro, é óbvio que o novo Wolverine firulas especiais, cenas filmadas em tela verde e tudo mais, mas usa bem menos desses artifícios que seus semelhantes. Ao invés disso, a direção do filme (que ficou por conta de James Mangold) decidiu enveredar pelo caminho das lutas corpo-a-corpo, com combates mais viscerais e empolgantes. E sabe o que é mais legal? Isso não é um defeito do filme. Pelo contrário, este que vos escreve enxergou como uma das principais qualidades. Em termos de qualidade, não há nem comparação entre um filme e outro, mas o que se vê em Wolverine: Imortal é mais ou menos parecido com o que vemos em Batman: O Cavaleiro das Trevas, um filme "não exatamente" de super-herói. Há exceções, é claro, como o embate final, que joga boa parte do que eu disse agora há pouco ladeira abaixo e apela para algo mais "surreal", mas nada que não seja perdoável depois de várias outras cenas bem legais. Destaque para a cena da pancadaria no trem-bala, que manda todas as leis da Física pras cucuias, mas entrou para o meu ranking pessoal de Cenas Maneiras em Filmes de Super-Herói. Ah, e atentem também para os ninjas do filme, todos versados na arte circense da Pirueta à la Trapalhões. Não era pra isso acontecer, mas eles me renderam umas boas risadas. Bem, continuemos. Aliás, acho que eu nem classificaria Wolverine: Imortal como um filme de super-herói. Em minha impura e fétida opinião fecal, Wolverine: Imortal é um filme de ação. Por que? É o que eu tentarei explicar agora. Além da "semi-quase-ausência de efeitos especiais", Wolverine: Imortal, durante boa parte de sua duração, esquece que é um filme do Wolverine, o mais maneiro dos X-Men (eu discordo), o super-grupo de mutantes mais famoso até então, divergindo um pouco dessa temática fantástica, puxada para a ficção científica. Sem mutantes pra todo lado, sem naves militares rasgando os céus e sem planos megalomaníacos de vilões grandiosos. Não, apenas o bom e (muito) velho Wolverine que conhecemos. E talvez Wolverine nem seja o nome certo a se usar aqui. Wolverine: Imortal não se trata de um filme sobre o Wolverine super-herói, membro dos X-Men. Não, Wolverine: Imortal se preocupa em nos mostrar o homem por trás do uniforme, um James "Logan" Howlett assombrado pelos demônios criados pelas mortes daqueles que ele um dia amou. Claro, aquela bomba chamada X-Men Origens: Wolverine também abordou um pouquinho disso, mas não se preocupe, Wolverine: Imortal faz isso de um jeito competente. Ok, essa última parte fez parecer com que o filme tenha cara de drama — o que não é mentira, diga-se de passagem —, mas enfim, essa é a minha justificativa. Convenci vocês, desocupados? Espero que sim.

Acima, Wolverine VS A Companhia dos Ninjas Trapalhões Ancestrais.


No que diz respeito a enredo, bem, Wolverine: Imortal nos conta uma historinha legal de se acompanhar, sem maiores furos ou incongruências no roteiro. A humanização do personagem principal, Wolverine, foi um elemento bem abordado no filme, dando uma guinada diferente daquela vista em outros filmes que tiveram o Kuzuri como protagonista. Diferente de alguns filmes do gênero (por mais que eu tenha explicado logo mais acima que não o encaixaria nesse determinado gênero), o romance ao qual somos apresentados em Wolverine: Imortal — entre Logan e a jovem Mariko — é bem desenvolvido durante o filme, e o melhor de tudo: não é algo chato, irritante e muito menos repentino. Em contrapartida, uma coisa que irrita bastante durante o filme são as "participações especiais" de Jean Grey (interpretada por Famke Jansen), que aparece em alguns flashes e sonhos do nosso querido carcaju, meio como se fosse um tipo de barreira, uma corrente que o mantém preso ao passado, impedindo-o de seguir em frente. Por um lado, é uma elemento que contribui para a narrativa e para a proposta do filme, mas por outro, acaba se tornando fútil à medida em que o filme vai se desenrolando, principalmente pelo fato de a finada senhorita Grey pipocar na tela mais ou menos a cada 15 minutos de filme. Como prometido pelos produtores do filme, Wolverine: Imortal esquece totalmente dos acontecimentos vistos em X-Men Origens: Wolverine, e isso em si já é algo a ser considerado. É bom ver que, mesmo tendo sido um sucesso de bilheteria, a Fox soube reconhecer que pisou na bola com X-Men Origens: Wolverine, e ainda por cima teve a boa vontade de melhorar na próxima tentativa. Ainda que seja um filme mais intimista, focado muito mais em Logan (Logan, não Wolverine) que em qualquer outra coisa, Wolverine: Imortal tem ligações, sim, não só com os filmes anteriores da franquia X-Men, mas também com os que estão por vir. E é por isso que recomendo à todos vocês, desocupados Homo Superior, que fiquem até o final dos créditos (os "estilizados", não os "comuns") para que sejam recompensados com uma cena no mínimo impressionante.


A trilha sonora de Wolverine: Imortal é até bem legal, mas fica bastante ofuscada perante outros elementos do filme, passando praticamente batido pra quem não se preocupa em fazer uma forcinha nos ouvidos e se concentrar somente na musica. Porém, vale a pena correr atrás do CD com as faixas do filme, que está repleto de musicas empolgantes e dramáticas (dramáticas, não "tristes"), todas muito bem compostas e executadas pela orquestra de Marco Beltrami. E como já é de costume, uma palhinha do que Wolverine: Imortal tem à oferecer:


Como já é de se esperar, Hugh Jackman é a estrela que mais brilha em Wolverine: Imortal (afinal, de certo modo, o filme leva o nome dele no título), mas isso não significa que ele ofusca seus companheiros de tela. Apesar de não ter uma beleza que eu admire, Rila Fukushima se mostra bastante confortável na pele da carismática Yukio, mesmo sendo uma atriz ainda inexperiente. Se o IMDB não me engana, este é o segundo filme desta mocinha. Igualmente inexperiente (segundo o IMDB, é claro) — porém muito mais aprazível aos olhos que a mocinha anterior — é Tao Okamoto, que interpreta o par romântico de Logan, Mariko, que não é uma personagem digna de destaque na trama (por mais que a mesma gire em torno dela, praticamente), mas que foge do esterótipo da "donzela indefesa esperando pelo príncipe encantado". Sempre que tem a oportunidade, ela troca alguns sopapos com os caras maus, o que já conta alguns pontinhos a mais. Em contrapartida, os vilões de Wolverine: Imortal (sim, há mais de um) são totalmente descartáveis. Ao contrário do que vem sendo feito ultimamente, os antagonistas do filme não dão margem para que possamos ver as coisas através de seus respectivos pontos de vista, para que nos compadeçamos de suas causas e aceitemos suas motivações. Em vez disso, um é mais raso que o outro, e pouco importam no final das contas. Algo que me agradou bastante em Wolverine: Imortal foi que, durante grande parte do filme, os atores orientais falam na língua nativa de seus personagens, o japonês, usando a língua padrão (inglesa) somente quando vão se referir à estrangeiros. Sim, pode até ser algo bem pequeno, mas foi uma boa maneira de respeitar a cultura referenciada no filme.


Bem, galerinha, acho que isso é tudo o que tenho a dizer. Meritíssimo, pode trazer a nota do filme!

E aí está ela -> 8.0 / 10

Diferente de seu antecessor, Wolverine: Imortal é bem-sucedido em narrar uma história solo não sobe o Wolverine, mas sobre aquele que está por trás (ui) dele, o velho e sofrido Logan. Por conta disso, Wolverine: Imortal é muito mais um filme de ação — com algumas pitadas de drama — que um filme de super-herói em si, ainda que tenha um como personagem principal. Mas não se deixe enganar, pois está é, talvez, a maior qualidade do filme. Ah, e lembre-se: fique até o fim dos créditos, você não irá se arrepender nem um pouco!

E como não poderia ser diferente, para fechar este post com chave de ouro, a música tema de Wolverine: Imortal!


Isso é tudo, pessoinhas, até a próxima!

Por Breno Barbosa

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