sábado, 27 de abril de 2013

Se não viu, veja! - Homem de Ferro 3 (2013)

Meh...




Fala galerinha desocupada, tudo beleza com vocês?

Pois é galerinha, eu nem sei por que eu insisto em falar isso a cada novo post — afinal todo mundo já sabe —, mas toda semana nós trazemos à vós, seres desprovidos de ocupação e/ou disposição, alguma recomendação super-bacana. Ou quase isso.

E a recomendação dessa semana é nada menos que o tão esperado Homem de Ferro 3 (o qual até tivemos um Especial "preparatório" para o filme, dividido em duas partes, que você pode encontrar clicando, respectivamente, aqui e aqui)!

Depois dos acontecimentos em Nova Iorque (vide Os Vingadores), Tony Stark está mais paranoico do que nunca, tornando-se um obcecado por segurança que passa noites a fio arquitetando novas medidas defensivas e (consequentemente), com base nas possibilidades, criando novas armaduras. A situação piora quando um terrorista que se autodenomina O Mandarim dá inicio a uma série de ataques ao redor dos Estados Unidos, e um deles acaba atingindo seus entes mais queridos. Agora, o vingador dourado parte em uma busca por vingança (olha o trocadilho); uma vingança muito mais pessoal que "profissional".


Visualmente, Homem de Ferro 3 não foge muito do padrão estabelecidos por seus dois (ou três, se contarmos com Os Vingadores) antecessores, afinal, o que é Homem de Ferro senão várias armaduras humanoides trocando sopapos entre si, não é mesmo? Ou pelo menos é isso que a maioria dos espectadores quer ver, e Homem de Ferro 3 se sai muito bem nesse quesito. Se duas ou três armaduras no mesmo filme não eram o suficiente pra você, o terceiro filme traz nada menos que — pelo menos — algumas dezenas de armaduras diferentes, cada uma com sua respectiva participação no decorrer do filme, mas menos tímidas que as outras. O design das armaduras se encaixa muito bem dentro do enredo do filme, já que, com medo das possibilidades, Tony passa a criar armaduras para todo e qualquer tipo de situação, e isso pode ser claramente visto quando as armaduras (ou pelo menos parte delas) são mostradas. O filme também brinca muito com o conceito da tecnologia desenvolvida por Tony para controlar suas armaduras remotamente, mostrando transições bem divertidas entre o controle remoto (a distância) e o controle "presencial" (com o piloto dentro da armadura). Ainda nessa mesma linha, também temos Tony realizando troca de armaduras mais dinâmicas, chegando a utilizar várias armaduras em uma só sequência de ação. Esta, a propósito, é talvez o ponto alto do filme. Ah, e não se preocupe, nada disso é spoiler. A não ser, é claro, que você não tenha visto nenhum dos bilhões de trailers divulgados por aí. Se for esse o caso, peço humildemente seu perdão. Mas enfim, voltemos ao que interessa. Falando em ação, Homem de Ferro 3 também meche com um lado até então inexplorado nos filmes da franquia: o próprio Tony Stark. Durante boa parte do filme, vemos a ação girar em torno não de um cara com uma armadura superpoderosa, mas sim do ponto de vista daquele que criou a tal armadura. As vezes nos esquecemos que, para criar armaduras como as do Homem de Ferro, é preciso ser, no mínimo, um gênio da mecânica e de todas as outras ciências que a circundam. Homem de Ferro 3 explora de um jeito bastante interessante esse lado genioso de Tony Stark, ainda que isso acabe resultando em alguns furos de roteiro — facilmente evitáveis, já vou logo adiantando — que deixam essas sequências de ação um tanto quanto questionáveis. Àqueles que estavam receosos quanto a troca de diretores (de Jon Favreau para Shane Black), podem ficar tranquilos, Shane Black não vos deixará na mão. Além de conseguir manter um clima bem próximo dos dois filmes de Favreau, nas cenas de ação Shane é tão bom quanto o diretor anterior, senão até melhor. Talvez a única pisada na bola que Shane Black tenha dado foi quanto ao ritmo do filme, que, se comparado aos anteriores, é um tanto quanto arrastado e lento. Provavelmente os 130 minutos (2 horas e 10 minutos) de filme mais cansativos pelos quais eu já passei.

"— Pô, mas que filme chato hein bróder!
— Nem me fale..."


E chegamos à parte em que Homem de Ferro 3 dá seu maior vacilo: o roteiro. Lembra quando eu disse que talvez a única pisada de bola do filme fosse o ritmo? Pois é, isso foi antes de eu ver que Shane Black também assinou o roteiro. Por que? Bem, podemos começar pelos furos bestas, que desafiam a inteligência do espectador e que poderiam ser tão facilmente evitados que você vai virar a cabeça de lado em uma expressão de dúvida ao vê-los. O pior é que tanto os roteiristas quanto o diretor (que também assinou o roteiro) nem se deram ao trabalho de tentar mascarar esses furos. E eu digo isso não por ser um "hater" ou por ter ido assistir ao filme só para procurar erros pra depois ir reclamar na internet; pelo contrário, eu estava fazendo vista grossa para todo e qualquer erro que eu visse antes mesmo de entrar na cabine do cinema. Eu até deixaria esses pequenos detalhes passarem, mas o filme não me apresentou nada maior para esconde-los. Outro defeito do roteiro — e esse é um defeito pessoal, ou seja, um defeito que eu "pus" no filme — foi não dar continuidade ao personagem. Não sei se vocês desocupados lembram (claro que lembram, faz pouquíssimo tempo!), mas todos os filmes da finada Fase 1 da Marvel Studios encaminhavam seus personagens para uma reunião futura, em Os Vingadores. Alguns encaminhavam até demais, um defeito que eu já comentei inúmeras vezes em diversos posts aqui no blog. Pois é, ao contrário de seus irmãos mais velhos, (o que vem a seguir pode ser considerado um spoiler do filme, portanto cuidado antes de ler) Homem de Ferro 3 não move um fio de cabelo sequer para levar seu personagem central à canto nenhum. Sim meus caros, canto nenhum. Nem à Os Vingadores 2 ou à um possível Homem de Ferro 4, ou seja, dá um giro de quase (quase) 360°. Talvez um giro de 350º, eu diria, já que o filme (e o personagem central) não termina(m) exatamente do jeito que começaram. Um dos fatores que não deixam esse giro se completar é o medo e o pânico adquiridos por Tony depois do ocorrido em Os Vingadores, sentimentos que atormentam o personagem durante grande parte do filme. Ver aquele que se autodenominava gênio, bilionário, playboy e filantropo com o rabo entre as pernas, inseguro, sem sabe direito para onde ir ou o que fazer; é de quebrar as pernas de qualquer fã, mas é também muito interessante de se acompanhar. Mais uma vez, para quem já viu pelo menos um ou dois trailers do filme, isso não é nenhum spoiler. Infelizmente, assim como uma criança egoísta, o filme prefere jogar esse elemento fora — resolvendo o problema no decorrer do próprio filme — que passa-lo para frente para que ele possa ser explorado em outros filmes, por outros diretores e/ou outros roteiristas.

Bem, isso ficou parecendo mais um comentário pessoal sobre o filme que uma crítica em si. Mas essa é a intensão, afinal, nenhum de nós é jornalista, crítico, articulista ou coisas do tipo, ou seja, não devemos uma visão "imparcial" à ninguém. Não me entendam mal, isso é algo bom! (pelo menos na minha opinião)

"Poxa, o Tony esqueceu o capacete aqui em casa de novo! Aquele descuidado..."



As atuações permanecem praticamente as mesmas, salvas algumas pequenas diferenças — ouso dizer — por causa da direção. Uma delas é um Tony Stark mais contido, sem as excentricidades exageradas que os dois filmes anteriores mostram. Pra mim isso é uma qualidade — afinal, como vocês já devem estar carecas de saber, eu não sou muito fã do Tony Stark de Robert Downey Jr., que, pra quem ainda não percebeu, nada mais é que uma faceta do próprio ator —, mas para muitos pode ser um grande defeito. Talvez, ao contrário de Jon Favreau, Shane Black não tenha dado total liberdade para que seus atores improvisassem nas cenas e nos diálogos. E, muito provavelmente, isso não se deu somente por opção do diretor, já que quem dá as direções que o filme deve seguir são os produtores, principalmente quando se trata de filmes de super-heróis. Mesmo contido, Downey Jr. ainda é uma diva elétrica e faiscante, não perdendo nem um pouco de seu carisma por causa disso. Mesmo não sendo o que muitos de nós esperávamos, Ben Kingsley interpreta muito bem seu papel como Mandarim. Infelizmente, tanto o personagem quanto o ator foram bastante subaproveitados, talvez uma das maiores decepções do filme. Também não seguindo as expectativas, Guy Pearce também se sai muito bem em Homem de Ferro 3, tendo um papel inesperadamente importante para o filme — para o bem ou para o mal, você decidirá quando assistir. Eu? Eu não gostei, mas como eu disse, cabe a você decidir.

O que eu posso dizer da trilha sonora é que, para a decepção de todos nós, não há nada de AC/DC no filme. No mais, nada realmente valha a pena ser mencionado. As faixas são boas, mas passam totalmente despercebidas no filme. Mas convenhamos: depois de tudo que já vimos, não tem como desassociar Homem de Ferro de AC/DC, não é mesmo? E um filme do cabeça de lata sem AC/DC — nas palavras de uma antiga professora do colégio — certamente falhará. (ok, também não é pra tanto)

"O que?! Sem AC/DC?! Então sendo o dedo, 05, mata todo mundo!"



Enfim, acho que isso é tudo galerinha. Hora daquela notinha , bonita, cheirosa e bem vestida de sempre!

Aí está -> 7,8 / 10

Se a primeira impressão é a que fica, a Marvel Studios não começou essa Fase 2 com o pé direito. Homem de Ferro 3 acerta em cheio na diversão, mas acaba errando a mão quando se trata de roteiro, deixando escapar algumas incongruências que poderiam ser evitadas com uma ou duas linhas a mais de roteiro.

Pelo que eu disse anteriormente, o texto não deve ter ficado com uma cara de "Se não viu, veja!", ou pelo menos não com a cara que o post deveria ter, seguindo os padrões do blog. Sim, houve muitas coisas das quais eu não gostei em Homem de Ferro 3, mas creio que elas não sejam o suficiente para transforma-lo em um filme ruim, a ponto de eu preferir não recomenda-lo. Mas essa é somente a minha humilde opinião fecal, cabe a você construir a sua depois de ter visto o filme. E, é claro, voltar aqui para conversarmos nos comentários.

Deixo-vos apenas uma dica: cuidado com as expectativas. Em Homem de Ferro 3 elas são um fator primordial para você amar ou odiar o filme.

Ah, e se quiser, pode sair do cinema assim que os créditos começarem a rolar tela acima. Entendedores entenderão.

Bem, acho que terminei. Valeu galerinha, e até a próxima indicação!

Por Breno Barbosa

                                                                                                                                                                   



Como vocês devem ter lido no texto do desocupado-sir Breno Barbosa, já devem estar achando que Homem de Ferro 3 é filme "descartável". Muitos apontam furos de roteiro e uma descaracterização de personagens do filme, seja em relação aos filmes anteriores ou em relação às HQs. Não vou defender como um fanboy cego (cujo não sou), mas também não pretendo deixar o filme ser crucificado desse jeito. Pra começar, é o primeiro filme da Marvel Studios pós-Os Vingadores, isso em si já é um peso gigante para qualquer filme de super-herói. Isso acabou gerando uma expectativa muito grande em relação ao filme, cegando as pessoas quanto a algo que eu julgo ser um fato: filmes de super-heróis nunca chegarão a ser filmes de pessoas"normais". Falo isso pensando em Forrest Gump, um filmaço sem super-heroísmos nem catástrofes gigantescas.

Filmes de super-heróis não devem ter tanta expectativa quanto a historia em si, e até mesmo nas HQs isso se prova verdade. Poucas são as sagas realmente memoráveis da maioria dos heróis. O que se deve ser cobrado nesses filmes são as cenas de ação e o dinamismo que o filme trás. Se um filme de super-herói te pareceu arrastado, ou você realmente não gostou ou o filme realmente é muito ruim (as opções podem convergir). Outro problema foram os trailer e o marketing feitos pela Marvel Studios, que "venderam" uma imagem diferente do que é visto no filme. Tanto a ideia do trailer quanto a do filme são boas, o que ocorreu na internet nesses dias foi a decepção quanto a isso. As pessoas ficaram com a impressão de que compraram gato por lebre. Não creio ter sido assim. Admito que não fui com nenhuma expectativa gigantesca, e talvez isso me tenha sido saudável. Vejo muitas criticas negativas de quem comenta nos sites grandes de cinema; não por parte dos críticos, mas por parte dos comentários. Gente dizendo que o filme é ruim, que é melhor não gastar dinheiro, se não viu não veja; coisas desse tipo...

O que eu digo para vocês, meus leitores, é que se vocês têm vontade de assistir o filme, vão. Só aconselho matar um pouco a expectativa e abraçar o filme pela diversão, pela sétima arte. E se não gostarem... bem... eu já assisti filmes que não gostei e nem por isso morri. Formem sua opinião não por mim ou pelo Breno ou por qualquer outro crítico (profissional ou amador, como nós dois aqui); formem por si mesmos. Assim será mais satisfatório.

Por Angelo Alexsander, que acha que faltou The Offspring no filme.

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