domingo, 6 de janeiro de 2013

Se não jogou, jogue! - Castle Crashers (PC)

Cavaleiros cruzados detonando castelos.



E aí garotada que não faz nada da vida a não ser ficar até de madrugada no computador matando mosquitos com uma raquete elétrica, tudo beleza?

Pois é meus amores, como já é de costume, toda semana nós aqui do Desocupado trazemos uma recomendação super bacanuda pra você que está a procura do que fazer, e essa semana não será diferente. Tá certo que só nessa semana já foram duas, mas uma a mais não vai fazer mal, não é?

E a recomendação batuta dessa semana é Castle Crashers, um beat'em up (conhecido popularmente como "briga de rua") independente de 2008, criado pela The Behemoth e disponível para PC, Xbox Live Arcade e PlayStation Network.

A trama do jogo não poderia ser mais simples:  o grande cristal do rei foi roubado por um feiticeiro maligno, assim como 4 princesas. Sua missão é atravessar todo o reino na pele de um dos quatro grandes cavaleiros do rei - são eles o cavaleiro vermelho, o verde, o azul e o laranja - para resgatar as princesas e derrotar o bruxo que levou o cristal do rei. Como você irá fazer isso? À moda antiga, é claro, na base da porrada!


Vou começar este primeiro tópico com uma pergunta: quando foi que o realismo e a proximidade com a vida real tornaram-se referências de bons gráficos nos video-games? Quem foi que disse que, para um jogo ser considerado "bonito" ou bem-feito, ele teria que ter um visual mais próximo possível da realidade? Se você, desocupado que está lendo este post, também pensa dessa maneira, sinto informar-lhe, mas você está sendo cabeça dura. Abra sua mente meu amigo, tente ver as coisas através de várias perspectivas diferentes. Enfim, eu fiz toda essa enrolação só pra dizer que visualmente, Castle Crashers é um tremendo deleite, mesmo não tendo gráficos realistas ou coisas do tipo. Castle Crashers é uma combinação perfeita entre uma estética minimalista, com personagens e cenários desenhados à mão, e a alta definição dos video-games contemporâneos, remetendo grandes clássicos do gênero beat'em up, como a franquia Final Fight e o eterno Teenage Mutant Ninja Turtles IV: Turtles in Time, que é considerado por muitos o bastião maior do gênero. Tudo isso em um jogo independente. Tomem essa, grandes produtoras. À propósito, essa é uma das principais - e melhores - características dos jogos indie: o grande valor, tanto artístico quanto sentimental, que aquele jogo tem para seus criadores. Diferente dos grandes blockbusters, os games indie são feitos com o coração, com o intuito de passar uma mensagem para quem está jogando. Mas esse é um discurso muito bonito para ser aplicado em um jogo como Castle Crashers. Se esse jogo nos passa uma mensagem, ela provavelmente seria do tipo "Esquece a vida e vem se divertir", ou algo parecido. Voltando ao que interessa, apesar de simples, o visual de Castle Crashers é muito bem elaborado. A vasta gama de personagens disponíveis é bastante cativante, e os cenários do jogo são um show a parte. Não são poucas as fases em que, se você prestar atenção, poderá ver várias coisas estão acontecendo no background. As vezes um pouco mais escondidas, outras vezes mais explícitas, mas você raramente verá um cenário estático em Castle Crashers. O design das fases não chega a ser um Donkey Kong Country Returns da vida, mas funcionam no contexto do jogo. Apesar disso, todas elas são bem diferentes umas das outras, e não serão poucas as vezes em que você iniciará uma fase em um lugar específico e irá termina-la em outro totalmente diferente. Você pode começar uma fase se embrenhando por entre uma floresta cheia de ladrões e termina-la enfrentando um peixe-gato (literalmente) gigante no meio de uma corredeira. Coisa de louco...


A jogabilidade de Castle Crashers é prática e funcional, coisas que muitos jogos "grandes" deveriam ser. O aprendizado é intuitivo, fazendo com o que o jogo acolha bem tanto os jogadores mais veteranos quanto os novatos e casuais. A dificuldade vai evoluindo junto com as habilidades de cada jogador, de acordo com o desenrolar do jogo, fazendo com que mesmo o menos habilidoso dos gamers consiga se divertir sem maiores problemas. Além do quebra-pau desenfreado, Castle Crashers também conta com um sistema de evolução inspirado nos RPGs, com atributos que podem ser implementados a cada novo nível de diversas maneiras diferentes, atendendo ao seu estilo de jogar. Você pode ser um cavaleiro no sentido literal da palavra, investindo apenas em força, ou uma verdadeira muralha intransponível, com todos os seus pontos gastos em defesa, cabe a você escolher. Independente da sua escolha, Castle Crashers não deixará de ser divertido e viciante. Se você é daqueles que não curte jogar sozinho, Castle Crashers conta com um ótimo multiplayer, tanto local - ao lado dos seus amigos - quanto online - com várias pessoas ao redor do mundo, inclusive com jogadores em outros consoles. Se for possível, opte por jogar com a galera do lado. A diversão será diretamente proporcional ao número de jogadores na partida. Mesmo assim, nunca deixe de dar uma boa treinada no modo para um jogador, já que a dificuldade do jogo vai esquentando a cada nova fase. Infelizmente, a divisão de experiência no modo multiplayer não é tão efetiva, fazendo com que você e seus amigos cheguem em fases mais avançadas com um nível desproporcional à dificuldade do estágio. A grande gama de personagens jogáveis, armas e bichinhos que te ajudam durante o jogo fazem com que Castle Crashers tenha um fator replay bastante elevado. Mesmo depois de ter zerado o jogo, você vai querer se aventurar pelo vasto reino de Castle Crashers mais uma vez, seja pra ganhar novos personagens, repetir suas fases favoritas, descobrir novas armas ou simplesmente pra passar o tempo. Eu mesmo já zerei Castle Crashers há duas semanas atrás, mas continuo jogando mesmo assim, simplesmente pelo fato de ser divertido e altamente viciante.


A trilha sonora é, em sua maioria, composta por temas puxados para a musica eletrônica e afins, fazendo referência aos beat'em up clássicos da época 16 bits, principalmente à eterna franquia Streets of Rage, para Mega Drive, que anda desaparecida já há alguns anos. Um fato interessante sobre a trilha sonora do jogo é que grande parte das faixas foi criada por membros da comunidade da Newgrounds, que, pra quem não sabe, e um site que funciona como uma rede social para gamers e desenvolvedores, onde os membros podem apenas se divertir com a vasta coletânea de jogos do site ou compartilharem suas criações com o mundo, como foi o caso de Castle Crashers. Por ter sido composta por várias pessoas diferentes, as faixas do jogo são bem variadas, e cada fase conta com um tema próprio, todos eles bem elaborados e cativantes. O melhor deles, de longe, é o tema principal do jogo. Confira aí:


Enfim galerinha, acho que isso é tudo. É hora daquela velha e boa nota, né?

Aí está -> 9,0 / 10

Castle Crashers é um jogo tão divertido e viciante que você irá fazer vista grossa para todo e qualquer problema que conseguir enxergar nele, se é que eles existem. Castle Crashers consegue agradar desde o gamer "hardcore" ao gamer "casual", com uma linha de aprendizado diretamente proporcional à curva de dificuldade do jogo, fazendo com que o jogador evolua à medida que vai avançado no jogo. Não tem como não gostar de Castle Crashers.

Portanto, se você ainda não jogou Castle Crashers, trate de dar um jeito e jogue-o como se não houvesse amanhã! Ah, e se você resolver adquirir o jogo através da Steam, pode ser que nos esbarremos por lá qualquer dias desses.

Até a próxima galerinha!

Por Breno Barbosa

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