domingo, 16 de setembro de 2012

Se não jogou, jogue! - Castlevania: Bloodlines (Mega Drive)

Eu até tinha uma frase pra por aqui, mas é impressão minha ou esse rapaz da esquerda está vesgo?


E aí galerinha maneira, tudo beleza nesse domingão? Vai uma recomendação supimpa? Não? Então tá... Mas vou faze-la mesmo assim, quer você queira, quer não, porque quem manda aqui sou eu!

Pois é galera, como essa semana foi mais uma semana sem uma seçãozinha de cinema batuta no final, o jeito é trazer outra coisa. Mas convenhamos: quem não gosta de games? Melhor ainda: quem não gosta de games antigos? Você? Então saia daqui e se exploda, porque hoje, depois de muito tempo, eu venho falar de um jogo retrô, e haters gonna hate! E hoje eu vos trago, diretamente das entranhas do inferno, Castlevania: Bloodlines!

Castlevania: Bloodlines (no Japão conhecido como Vampire Killer e na Europa batizado como Castlevania: The New Generation) é um game da famosa franquia Castlevania, da Konami, lançado em 1994 (olha que legal, o ano em que eu nasci!) para Sega Genesis (Mega Drive, para os íntimos). Na trama, um feiticeiro consegue ressuscitar, através de magia negra, a condessa Elizabeth Bartley (baseada na figura histórica da condessa Elizabeth Báthory), conhecida popularmente como "a sobrinha de Drácula", que tem como objetivo ressuscitar o "tio" através do sacrifício de milhares de almas humanas, e para isso, ela se aproveitou da Primeira Guerra Mundial, que servia como pano de fundo para aquela época. Agora cabe a você deter a megera, munido da lança retrátil de Eric Lecarde ou do "Vampire Killer" (o chicote da família Belmont) de John Morris.

Como bons gamers que somos, todos sabemos que o Mega Drive foi criado visando superar os concorrentes que haviam na época, principalmente o NES (apelidado carinhosamente de Nintendinho), e nesse quesito, o Mega Drive se saiu vitorioso. Pouco tempo depois (2 anos, pra ser preciso), com o advento do SNES (Super Nintendo) e todo o seu poderio tanto gráfico quanto sonoro, a supremacia do Mega Drive caiu por terra, dando início a maior rivalidade entre consoles de todos os tempos: Mega Drive VS Super Nintendo. Terminada a aula de história dos video games, Castlevania: Bloodlines, mesmo tendo sido lançado após o surgimento do SNES e seus gráficos mais arrojados, tem um visual excelente, honrando o legado de todos os medalhões do saudoso Mega Drive, e, por que não, até encontrando um lugarzinho entre eles. Uma coisa bastante interessante em Bloodlines é que você pode, em algumas fases, interagir com o cenário do jogo. Tá vendo a cabeça daquela estátua na segunda ou na terceira fase (se não me engano)? Experimente bater nela pra ver o que acontece. Além disso, o fato de o jogo não lhe prender somente ao clássico castelo do conde Drácula, que dá título ao nome ocidental da franquia, é um ótimo artifício. Ao invés de passear pelos vastos corredores e torres assombradas do castelo do conde vampírico, você viaja por toda a Europa, a fim de acabar com os planos de sua "sobrinha" Elizabeth. Ainda assim, se você já jogou outros games da franquia Castlevania, perceberá que os cenários do jogo não fogem muito dos típicos panos de fundo dos outros jogos. Se você está se perguntado se há a clássica Torre do Relógio em Bloodlines, a resposta é não. Mas fique tranquilo, ela pode não estar aqui, mas foi muito bem homenageada. Em suma, graficamente, Bloodlines não impressiona, mas está bem longe de ficar por baixo de muitos outros jogos, inclusive de SNES, ouso dizer. Vide a fase em um templo submerso na Grécia e sua água espelhada.


Se você, assim como eu, já é fã da franquia Castlevania há algum tempo, vai se sentir em casa em Bloodlines. Se não, o que temos aqui nada mais é que uma boa execução da boa e velha receita do pula/anda/bate que fazia qualquer jogo automaticamente virar um clássico (ok, nem todos). O fato de Bloodlines nos apresentar a dois personagens diferentes é uma completa mão na roda. Você é um daqueles fãs saudosistas que daria tudo pra calçar mais uma vez as botas de um Belmont e chicotear Drácula até a morte de novo? John Morris é a sua escolha. Está cansado de chicotear tudo o que vê pela frente e quer algo novo? Opte pelo lanceiro Eric Lecarde. Escolher um ou outro não vai mudar as fases ou os chefes do jogo, pelo menos não diretamente. Tanto Eric quanto John possuem habilidades únicas, facilitando para um o que é difícil para o outro, e vice e versa. Uma completa pena não termos um modo multiplayer para chicotear e espetar monstros ao mesmo tempo, mas aí já é pedir demais, e Castlevania é tipicamente uma jornada solo de você consigo mesmo, chutando os traseiros de seja-lá-o-que-estiver-na-sua-frente. Assim como em 90% dos jogos da época, a dificuldade de Bloodlines separa não só os meninos dos homens, mas também os homens dos HOMENS. Ainda um garoto? Vá no modo Easy; Confia nas suas habilidades e se autodenomina homem? Siga uma jornada convencional; Quer um desafio de verdade pra poder bater no peito e dizer "Ei, eu sou um HOMEM!"? Arrisque-se no modo Expert. Independente do modo que você escolher, Bloodlines continuará sendo um ótimo jogo.


Confesso que não sabia que o jogo tinha realmente uma "trama" até dar uma pesquisada sobre ele e ver uma review do mesmo no YouTube. Mas assim como 90% dos jogos daquela saudosa época, quem se importa? Bloodlines vem de uma época onde tudo o que nós queríamos de um jogo era que ele nos divertisse e/ou nos desafiasse e elevasse nosso nível de jogador ao um novo patamar, e neste quesito, Castlevania: Bloodlines cumpre seus objetivos. Apesar disso, o jogo tem um mote bem interessante, principalmente por tentar se desvencilhar da linha de seus antecessores ao levar os jogadores a um passeio pela Europa mais assombrada já vista no mundo dos jogos. Isto faz com que o vilão final não só deste jogo em específico, mas de toda a série Castlevania (e isso não é nenhum spoiler, afinal, o vampirão etá na capa de quase todos os jogos da franquia), seja apenas um adendo. Não sei quanto a outras pessoas que já jogaram Bloodlines, mas eu meio que me surpreendi quando cheguei ao final do jogo e vi que tinha que enfrentar o temível conde Drácula. Mas aí eu lembrei que o vilão principal sempre foi (e sempre será, assim espero) o Tio D, e expulsa-lo deste plano de existência (mais uma vez) simples e unicamente na base da boa e velha PORRADA continua sendo impagável.


Sonoramente, bem... O que eu posso dizer? É Casltevania! É ÓBVIO que a música do jogo é boa! Mesmo com a parte sonora do Mega Drive não sendo seu forte (pelo contrário, era o ponto fraco do console), as faixas do jogo são ótimas. Cada fase conta com seu próprio tema, que chegam até a ficar grudadas na sua cabeça. Neste exato momento, este que vos escreve está pensado no tema principal da primeira fase do jogo, e a musica continua tocando em minha cabeça quase que em um loop infinito, e isso já tem algumas horas. Ouça por si mesmo e comprove:


Como não resisti em não coloca-la, fiquem com mais uma (excelente) faixa do jogo:


Bem, acho que chegamos ao fim, não é? Então vamos para a nota!

Meu veredito -> 9,5/10
Não não, peraí!
Quer saber?! -> 10/10!

Não consigo lembrar de nenhum ponto fraco que salte aos olhos, e olha que eu terminei esse jogo há mais ou menos 1 dia, no máximo, e ainda hoje aproveitei pra dar uma jogadinha marota. Isso sem contar que Castlevania: Bloodlines é um dos meus jogos favoritos, não só da franquia Castlevania, mas de toda a minha curta vida.

"Entonce", se você não jogou Castlevania: Bloodlines, levanta esta bunda gorda da cadeira, corra atrás do jogo, e sente-a novamente na cadeira e jogue como se não houvesse amanhã! E se você é um fã de Castlevania e nunca jogou e nem pretende jogar Castlevania: Bloodlines depois deste post, você provavelmente deve ser assim:


E não assim:

Para aqueles que não conhecem, o homem da direita é Koji Igarashi, produtor da série Castlevania. O da esquerda? Um cara que escrevia pra revistas de games que eu esqueci o nome!

Por Breno Barbosa

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