sábado, 25 de agosto de 2012

Se não jogou, jogue! - Flashback: The Quest for Identity (SNES)


Ação de PC no seu Super Nintendo.


Produtora: Delphine Software International
Distribuidora: U.S Gold
Gênero: Ação/plataforma/2D
Data de Lançamento: Fevereiro de 1994

De repente, Conrad viu-se com uma arma na mão, fugindo por um corredor enquanto escutava sinais de alerta. Não tinha certeza do que fazer, mas seu instinto o levou a crer que deveria fugir daquele lugar. Não reconhecia aquele local, e estava completamente sem rumo. Com sorte, desviou-se de algo que parecia um laser. Não simplesmente parecia, era um laser, que foi disparado por um dos dois seguranças que o estavam perseguindo. Conrad voltou a correr com um único propósito em mente: Sobreviver. Incerto de que conseguiria enquanto realiza a fuga, chegou a um hangar e subiu em um veículo que parecia uma lambreta. Felizmente, o modo de controlar era semelhante e seus instintos o guiaram. Porém, sua fuga não havia terminado. Um veículo pilotado pelos guardas se aproximava e atirava lasers.
 

Enfim, Conrad se viu livre daquele prédio. Só não esperava que a saída o levasse a uma densa floresta. Havia fugido do prédio, mas não havia terminado a fuga. Com o auxílio do terreno, Conrad desviou de 2 disparos. Para seu azar, foram 3, e o terceiro acertou seu veiculo em cheio, causando uma explosão que o jogou longe e o deixou desacordado. Ao acordar, notou que esbarrou em algum objeto que rolou para longe dele. Ao recuperar o objeto, percebeu que era um Holocube (Um cubo com uma mensagem holográfica dentro), e ao ver a mensagem entendeu o que se passava....



Flashback se passa no ano de 2142 e conta a história de um cientista que descobriu uma invasão alienígena por meio da infiltração. Como ele descobriu isso? Ele é um homem da ciência meus amigos, ele  conhece um alienígena só de notar a existência de tal ser. Mentira, ele criou um objeto que permitiria analisar a densidade molecular das coisas, mas ao testa-lo percebeu que algumas pessoas tinham a densidade molecular muito maior que outras e, obviamente, só poderiam ser aliens. Bem, isso é o que eu posso contar a vocês, o resto seria spoiler.

A primeira coisa que se percebe em Flashback é a existência de cutscenes, mostrando o que se passa ou o que se passou. Isso é bem raro de se ver no Super Nintendo, uma vez que o cartucho não poderia aguentar tanta informação. O motivo maior da existência dessas cenas é que Flashback foi feito originalmente para PC, que costumeiramente tem mais "poder de fogo" que os consoles.

Os cenários são extremamente lindos e detalhados. Sua paleta de cores foi muito bem usada, tanto para beleza como para a atmosfera. Essa última sendo a mais favorecida, pois o jogo consegue obter um clima mais pesado, mais tenso. O clima fica ainda mais tenso com a trilha sonora, ou melhor, com a falta dela. Chega a ser inexistente na maioria do tempo. Não sei se foi proposital ou por descuido, mas estranhamente, funcionou.


Flashback difere da maioria dos jogos plataforma por ser um Cinematic Platformer, algo que seria traduzido como "plataforma cinematográfica". E o que seria isso? Seria um jogo com uma mecânica mais real, sem pulos que parecem voos e sem correr mais do que o Usain Bolt. É uma forma de fazer o movimento dos personagens mais próximo do nosso cotidiano. Essa mecânica foi implantada no primeiro Prince of Persia, e devo admitir que mesmo sendo uma jogabilidade mais pesada e lenta, dá um charme muito especial pro jogo.

Flashback é um jogo que tenta trazer um racicinio lógico ao jogador além de seguir pelos estágios. Infelizmente, isso não é tão bem executado, resumindo-se muito a pegar um objeto em tal canto e levá-lo até certo local. Um porre pros jogadores mais impacientes.

Conrad não faz nada que um humano normal não faça. Ele pula, corre, anda, atira, destrói alienígenas e etc. Porém, como estamos no futuro, ele possui algumas bugigangas úteis, como um escudo que lhe permite tomar dano 4 vezes (mas na quinta já era, morreu). Felizmente, o escudo é recarregável, mantendo nosso herói vivo por algum tempo. Temos também um campo de força temporário, que é ótimo pra evitar balas. E temos o teletransporte de bolso (futuro é isso aí galera), útil pra evitar quedas mortais.

Flashback me prendeu por seu charme e pela sua história. Eu queria saber como ela terminaria, eu queria ver como o mundo seria salvo por um homem que mal acabou perder a memória e já estava em perrengues. Pena que o jogo exija muito backtracking (voltar a algum ponto da fase) para podermos salvar/recarregar o escudo.

Recomendo esse jogo pra quem quiser algo mais fora do comum, e que tenha paciência. Se não atingir esses requisitos, talvez seja melhor pular esse. Mas vale a tentativa.

Nota: 8/10

Motivo: Controles meio pesados e a trilha sonora praticamente inexistente.

Silvio Santos tingido, recebendo nosso heroi nas Portas da Esperança.



Por Angelo Alexsander

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